Cidade do Som

Banda: Zero8Quatro

Local: Natal / RN
HISTÓRICO

A banda foi formada em abril de 1999 e o nome Zero8Quatro (prefixo do RN) surgiu a partir de uma idéia em homenagear o estado em que os integrantes se encontraram, o Rio Grande do Norte, já que todos na época, salvo o vocalista Magdiel, vieram de outros estados (SP/PI/CE/RJ). 084 é o prefixo telefônio do Estado.

Formado por Magdiel (voz), Vitor André (bateria), PH e Régis Rocha na guitarra e Rafael Ribeiro (baixo),  a banda tocava covers e se apresentava nas casas de rock da época, em Natal, como Sol e Lua, Nova Kapital, Cervejaria Continental, Wiplash, República da Música, Blackout e Viola Lilás em Mossoró (RN).

Depois de alguns “entra e sai” de integrantes, em 2001 o Z8Q deixa de ser um quinteto e fecha a formação com quatro integrantes; Roger Rocha (guitarra), Cibele Guimarães (baixo), Magdiel Lima (voz) e Vitor André (Bateria). Os três primeiros juntos desde a fundação da banda, o último, Vitor, além de ter trazido uma grande bagagem para a banda tendo trabalhado com Barão Vermelho, Capital Inicial (fase sem Dinho), Produtor Miranda, “discípulo do Maurício Leite, um dos maiores bateristas do país, foi sem dúvida, depois do Magdiel, o personagem mais importante da banda, estando no centro dos maiores acontecimentos e conquistas do grupo.

Definido um novo caminho, em setembro daquele ano, inicia-se um novo ciclo e a banda decidi investir em músicas próprias (naquela época não se usava o temo “autoral”), além de ter definido que teriam uma identidade. O release da época definiu a banda da seguinte maneira: “O grupo apresenta um trabalho autoral com temas voltados ao comportamento humano manifestando uma visão de mundo em relação aos ideais da banda e o cenário político, social e econômico da cidade e do País.”

Em 15 de setembro de 2001 foi iniciada a gravação do primeiro CD Demo totalmente independente visando registrar, divulgar e promover o trabalho, buscando espaços no cenário musical dentro e fora da cidade. A banda grava 04 faixas: Barato Positivo, Por Um Motivo, Solidão e Alcool.

O 1º show da nova fase da banda foi no mês de março de 2002 em Mossoró -Festival 96 Pro Rock, promovido por uma FM local, para um público estimado em 2000 pessoas com bandas de todo o nordeste. A essa altura a banda já apresentava um repertório 100% autoral em seus shows.

Depois aconteceram os shows no Blackout e Boteco da Ribeira onde se apresentamo para convidados do Prêmio Hangar; como os músicos Lirinha (Cordel do Fogo Encantado-PE), Guttierrez, produtor do Rec-Beat, DJ Dolores, Renato L. Jornalista e DJ, e a banda Cabruêra-PB que estavam presentes.

Em setembro de 2002, já com a entrada de Régis Rocha na guitarra com apenas 17 anos, a banda é convidada para participar do 1º Macau Rock Festival, em Macau- RN. Antes de viajar para fazer o show, a banda entra em estúdio para gravar uma versão da música Mais do Mesmo (Legião Urbana) para o Festival Semp Toshiba Transamérica promovida pela FM paulista, e, junto com a música Por Um Motivo, nos classificamos entre 850 bandas inscritas, ocupando o 96º lugar no resultado final.

Já em dezembro de 2002, com as músicas Por um Motivo e Álcool, a banda é finalista do 4 o Festival Pop Rock Tropical, realizado pela FM Tropical, associada da MTV no RN. Foi nesse festival que ouvimos falar pela primeira vez do Jane Fone, também finalista com sua clássica “Gatos e Cães”. O Apolo 11 foi a vencedora. Também em Dezembro do mesmo ano a banda é confirmada no 3º Festival Consertão Rock de Mossoró, onde faz seu segundo show na cidade no naquele ano. Este Festival teve a participação de bandas do RN, PE, PB e CE. A banda encerra 2002 fazendo o Reveillon na praia de Ponta Negra.

Em janeiro de 2003 a banda volta a gravar músicas novas para o 2a Demo, Terra do Sol e do Sal. A música Natal Terra do Sol e do Sal tem a participação do baixista Franklin Roosevelt (ex-O Surto e ex-Carbura, atual Folcore) como Backing Vocal. A demo acabou num compilado de tudo que a banda já tinha gravado e virou um EP com 08 músicas preservando o nome Terra do Sol e do Sal . Dia 29 de Janeiro de 2003, participa de mais um festival, o Natal 100% Rock Festival realizado na Zona Norte da cidade.

Em março participou da Calourada Pop no Bar 1 promovida pela FM Tropical. Aos 28 dias de Março a banda abre o show dos pernambucanos DJ Dolores e Orchestra Santa Massa durante o encerramento do 4 o Prêmio Hangar de Música, na praça cívica do campus da UFRN.

Participou em 13 de abril de 2003, no Blackout–B-52, do evento beneficente o 2º Barulho Contra a Fome com as Bandas Dead Fish-ES, Mutação-AL, Switch Stance-CE e White Myself-RN.

Selecionada para participar da 5ª edição do Festival Cultural Música Alimento da Alma - MADA é uma das seis bandas locais confirmadas para o evento, tocando no mesmo dia do show Rappa (RJ) abrindo os shows do MADA que foi realizado de 15 a 17 de Maio de 2003.

A banda Zero8Quatro vem colheu um pouco do que havia plantado no primeiro semestre de 2003, após uma excelente apresentação no MADA, obteve classificação para o Circuito Cultural Banco do Brasil 2003 onde conseguiu mostrar mais uma vez, no show de novos talentos do dia 8 de junho, na arena principal, todo o potencial da Banda para o público presente.

As últimas apresentações da Banda no 2º semestre do ano foram: - Fórum social (praça cívica – Petrópolis – Natal-RN) e CIENTEC – 2003 (praça do campus da UFRN) onde ficou evidenciado, mais uma vez, a receptividade das pessoas, que não paravam um minuto ao som das músicas do Zero8Quatro, e a qualidade da sinergia com o público.

No final daquele ano sai o guitarrista Roger Rocha, na banda desde a sua fundação. Janeiro de 2004, um novo ciclo. A 3ª fase da banda se inicia com a entrada do Rafael (Cego) na guitarra e com a procura da banda por um produtor para a gravação do 1° Disco oficial da banda. Naquela ocasião, através da network que o Vitor tinha em São Paulo, a banda consegue a atenção do Produtor Carlos Eduardo Miranda, no meio musical muito conhecido por ter revelado  Raimundos, Skank, O Rappa, Virgulóides, Blues Etílicos, Cordel do Fogo Encantado, Cansei de Ser Sexy, Móveis Coloniais de Acaju, MQN, Mundo Livre SA.

Pode ter certeza que todos pensaram: -É agora!

A banda corre pro Megafone, se interna um final de semana lá e grava uma demo com as 12 músicas inéditas e pretendidas para o disco. Nada muito produzido. Colocaram tudo que tinham pronto em termo de arranjo e mandaram para o Miranda. Dias depois, no escritório da casa do Vitor, todos presentes, hora de receber por telefone o feedback. No viva voz, todos ouviram o mega produtor vomitar que a banda era muito ruim e segundo ele: “Vocês são como o Charlie Brown, só que bons moços. Não sei nem o que fazer com vocês no estúdio caso aceite produzir isso. Vou trancar vocês no estúdio e começar a bater panela pra ver se sai algo novo”. Ao término da ligação, imagine um roteiro de drama, o silêncio e a cara de enterro da banda. Seria o fim?

Essa fase da banda seria marcada pela palavra RESILIÊNCIA. Como que num milagre, o Vitor encontra o Maurício Leite em um Workshop em Natal e desabafa o drama. O mesmo que na época estava navegando no mar das produções pede pra ouvir a demo e semanas depois manda um fax onde detalhadamente apresenta um diagnóstico manuscrito. Ele não só aceitou o desafio de produzir o disco, mas fez várias observações positivas sobre o potencial daquilo tudo, sem poupar é claro a banda das críticas construtivas, serenas e objetivas. A crítica construtiva é assim: isso aqui é bom, mas não está bom. Eu posso ajudar a lapidar. Precisa de direção. O relatório é longo, faixa a faixa e existe até hoje. Ufa! Devem ter pensado.

O semestre seguiu com a banda se preparando para viajar para São Paulo e gravar o disco. Ao mesmo tempo viu nascer um movimento na cidade visando unir e fortalecer a cena local de bandas e artistas que produziam suas próprias músicas, o PIPOCA – Projeto Independente Potiguar da Canção Autoral. Bandas como Karpu´s, Allface, Jane Fonda, SeuZé,

Os Bonnies, Mamute Sound, Montgomery, D’ark, Cadillac Azul, Cefalofone, Rosa de Pedra, dentre outras se uniram por uma causa naquela ano.

Julho de 2004, tudo pronto para embarcar pra São Paulo atrás do sonho e vem segunda pancada forte. Faltando pouco menos de um mês para o desembarque na capital paulista, o Cego, peça fundamental nesta nova fase da banda, anuncia que não embarcará pra São Paulo alegando incompatibilidade com os projetos pessoais, afinal ele iria ser pai dali a dois meses. A banda se desintegra. Pois além da sua saída, a banda havia perdido definitivamente sua baixista depois de algumas idas e vindas. Veio então a tragédia. Dias antes da partida pra São Paulo o Cego vem a falecer em um acidente de moto. Essa história se fosse um livro seria um capítulo a parte. É meio doloroso para os integrantes da banda falar sobre isso. Foi devastador. Quem assume a guitarra é o PH, promovido de roadie. Veio a se tornar um dos grandes parceiros do outro guitarrista, o Régis.

A banda parte pra São Paulo...sinceramente, essa parte da história daria uma outra maior do que esta que esta sendo contada. Quase um mês intenso, muito aprendizado, um trabalho feito com muito cuidado, uma experiência inédita pra todos. Experiências sobrenaturais, frio, baixista contratado, novas amizades, ralação.

O CD Z8Q fica pronto quase um ano depois de idas e vindas de Sampa. Em 2005 nasce também o festival DoSol. Essa fase da banda é a fase que quase todos conhecem. Embora todo o caminho percorrido e contado nas linhas e parágrafos anteriores, é neste ano que a Tropical FM 103 abre definitivamente as portas para as bandas locais e surge o festival que hoje é referência dentro e fora do país. A banda estava na onda certa. O festival em parceria com a 103 FM divulga as bandas participantes e o Zero8Quatro estava entre elas. O pré-lançamento do CD Z8Q acontece no show do festival e a banda emplaca a música Meus Olhos na rádio.

Em outubro daquele mesmo ano a banda se une com a Jane Fonda e juntas lançam seus discos em uma noite memorável no Galpão 29, antigo Blackout, um dos templos do rock do RN.

Em 2006 a banda lançou o disco Z8Q gravado em São Paulo e o Video Clip da Música Amanheci sem Sol. 4 faixas do disco já são hits nas rádios locais e a banda além dos shows na cidade marcou presença em grandes festivais como o MADA (Música Alimento da Alma) 2003/2006 –RN e no Palco do Rock 2006 - BA, além dos shows em Fortaleza e no interior do Estado. 

Em 2009 Magdiel saiu da banda para se dedicir a outros projetos pessoais. Com sua saída o grupo abriu uma seleção para um novo Frontman em maio de 2009. Estabelecendo como requisitos: carisma, desibinição e curtir o som da banda.

Os interessados na época deveriam entrar em contato com os seguintes telefones: (084) 8872-7452 - Jovesom Ribeiro, (084) 9136-7404 - Régis Rocha e (84) 9122-8136 - PH

A banda encerrou suas atividades em 2009 (???) tocando sempre com muita ousadia e personalidade na cena independente Potiguar.

MÍDIAS

FOTOS

VÍDEOS

Amanheci Sem Sol
Nitidez

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Z8Q - 2006
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